O estado como inibidor do desenvolvimento produtivo em uma crise de liberdade econômica e sufocamento da classe empresarial
The state as an inhibitor of productive development in a crisis of economic freedom and suffocation of the business class
DOI:
https://doi.org/10.51473/rcmos.v1i1.2025.1183Palavras-chave:
liberdade econômica; intervencionismo estatal; empreendedorismo; burocracia tributária; Ludwig von Mises; instituições extrativas; ambiente de negócios no Brasil; hostilidade fiscal; eficiência produtiva; desenvolvimento econômico.Resumo
Este artigo analisa criticamente o impacto da atuação estatal sobre a atividade empresarial no Brasil, com base em fundamentos da teoria econômica clássica, dados institucionais e referências contemporâneas. A partir da abordagem liberal e institucionalista, investiga-se como o modelo brasileiro de governança, marcado por burocracia excessiva, carga tributária desproporcional e um aparato fiscalizador punitivista, compromete diretamente a liberdade econômica e desestimula a produção nacional. Com apoio em autores como Ludwig von Mises, cuja obra destaca os efeitos destrutivos do intervencionismo sobre a eficiência econômica e a autonomia dos indivíduos, argumenta-se que o Estado brasileiro ultrapassa seu papel legítimo de regulador e se posiciona como agente ativo de bloqueio ao desenvolvimento. Dados do Banco Mundial, da Receita Federal, da OCDE e de entidades como CNI e Sebrae demonstram que empreender no Brasil exige enfrentar um sistema que criminaliza o sucesso, burocratiza o mérito e pune a iniciativa. A pesquisa conclui que o ambiente institucional vigente não apenas falha em oferecer segurança e previsibilidade, como também constrói uma lógica de desconfiança estrutural contra quem produz. O empresário brasileiro é tratado como infrator presumido, sendo submetido a exigências incompatíveis com o crescimento econômico sustentável. A superposição de legislações ambíguas, fiscalizações unilaterais e entraves operacionais configura uma realidade onde a liberdade de empreender é reduzida à resistência silenciosa contra o próprio Estado. O estudo propõe uma revisão crítica da relação entre Estado e setor produtivo, orientada por princípios de eficiência, segurança jurídica e liberdade econômica. Não se trata de ideologia, mas de sobrevivência nacional: nenhum país prospera enquanto continua tratando seus produtores como adversários. A superação desse modelo é, portanto, uma exigência técnica, ética e estratégica para que o Brasil volte a caminhar com solidez rumo ao desenvolvimento.
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Referências
Doing Business Report – Banco Mundial: https://www.doingbusiness.org/
Relatório de Liberdade Econômica – Heritage Foundation: https://www.heritage.org/index/
Carga Tributária no Brasil – Receita Federal: https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/estudos-e-tributarios/estatisticas-tributarias/carga-tributaria
Douglass North – Institutions, Institutional Change and Economic Performance: https://www.cambridge.org/core/books/institutions-institutional-change-and-economic-performance/ED820C6BC1A7FA3FC7B3A84B44309020
Ludwig von Mises – Ação Humana: https://mises.org/library/human-action
Friedrich Hayek – O Caminho da Servidão: https://mises.org/library/road-serfdom
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