Mudança e sustentabilidade tecnológica na agroindústria vinícola do sul catarinense
Technological changes in agribusiness winery of Santa Catarina state, southern Brazil
DOI:
https://doi.org/10.51473/rcmos.v1i2.2025.1252Palavras-chave:
Tecnologia. Vitivinicultura. Stakeholders. Vales da Uva Goethe. Santa Catarina.Resumo
A produção de vinho no Brasil tem diversas origens, com destaque para a história dos imigrantes italianos, que trouxeram consigo o conhecimento e a tradição que cerca este produto milenar. A microrregião de Urussanga, no Sul de Santa Catarina é um espaço de colonização no qual se adaptou a uva Goethe, permitindo a produção de vinhos com identidade própria e que recentemente foram reconhecidos com o selo de Indicação de Procedência. Observando esse contexto, o objetivo deste estudo foi identificar as mudanças tecnológicas adotadas pela agroindústria vinícola da região. Para tal foram realizadas pesquisa bibliográfica, levantamento documental e pesquisa de campo com coleta de dados e informações junto aos gestores das vinícolas do Vales da Uva Goethe. Os dados foram representados a partir da coleta de campo; e também por meio de artigos científicos disponíveis na base de dado Scientific Electronic Library Online e Portal Google Scholar, bem como livros e periódicos disponíveis acerca do tema. A partir do levantamento documental e de dados foi possível elencar as principais mudanças provenientes do processo de implantação do registro de IP, que caracterizou a tipicidade do vinho produzido. Bem como a atuação de agentes internos, intermediários e externos ao processo (stakeholders), como organizações, entidades, fornecedores, subsidiários, concorrentes e consumidores. Estes resultados permitiram compreender a atual situação tecnológica das vinícolas que concluíram o processo para obtenção da IPVUG, sendo que os mesmos fornecem subsídio para as demais vinícolas regionais que buscam aperfeiçoamento tecnológico, assim como para aprofundamento de pesquisas na área.
Downloads
Referências
ASSOCIAÇÃO dos produtores da uva e do vinho Goethe da região de Urussanga. A união entre a tradição vitivinícola. 2012. Disponível em: . Acesso em: 05 set. 2014.
ATHIA, Felipe; DALLA COSTA, Armando. Empresas e tecnologias na nova conjuntura vinícola brasileira do início do século XXI. Revista Economia & Tecnologia, v. 5, n. 3. p. 147-156. jul./set. 2009. DOI: https://doi.org/10.5380/ret.v5i3.27145
BRASIL. Ministério da Agricultura. Departamento de Fruticultura. Relatório. Rio de Janeiro, 1932.
CLARKSON, Max E. A stakeholder framework for analyzing and evaluating corporate social performance. Academy of management review, v. 20, n. 1, p. 92-117, 1995. DOI: https://doi.org/10.2307/258888
CRUZ, J. A. W.; QUANDT, C. O.; MARTINS, T. S. A estrutura de redes como forma de promoção de vantagem competitiva. REDES, Santa Cruz do Sul. v. 13, n. 1, p. 266-287, jan./abr. 2008.
DRUCKER, Peter F. A disciplina da inovação. Harvard Business Review, v. 82, n. 8, p. 80-85, 2004.
FASSIN, Yves. The stakeholder model refined. Journal Of Business Ethics. vol. 84, n° 1, p. 113-135.jan. 2009 DOI: https://doi.org/10.1007/s10551-008-9677-4
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da língua portuguesa. 3 ed. totalmente rev. e ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
FREEMAN, R. Edward; HARRISON, Jeffrey S.; WICKS, Andrew C. Managing for stakeholders: Survival, reputation, and success. Yale University Press, 2007.
FREEMAN, R. Edward. Stakeholder management: a strategic approach. Pitman, New York, 1984.
FROOMAN, J. (1999). Stakeholders influence strategies, Academy of Management Review, vol. 24, nº 2, p. 191-205. DOI: https://doi.org/10.2307/259074
GIANEZINI, M. et al. Inovação e pequenos proprietários rurais: perspectivas brasileiras de acesso a novos mercados. In: YAMAGUCHI, C. K.; WATANABE, M. (Org.). Temas Contemporâneos em Ciências Sociais Aplicadas. Criciúma: Ediunesc, 2015. p. 213-224.
HARMON, Roy L. Reinventando a fábrica II: conceitos modernos de produtividade na prática. Campus, 1993.
IBRAVIN (Brasil). Programa busca modernização tecnológica da vitivinicultura da região Sul. 2013. Disponível em: <http://www.ibravin.com.br/int_noticias.php?id=1088&tipo=N>. Acesso em: 21 abr. 2015.
MARZANO, Pe. Luigi. Coloni e missionari italiani nelle foreste Del Brasile. Beluno: Tipografia Piave, 1991. 335p.
MELLO, Loiva Maria Ribeiro de. Panorama da vitivinicultura brasileira em 2012. 2012. Disponível em: <http://www.portaldoagronegocio.com.br/artigo/panorama-da-vitivinicultura-brasileira-em-2012>. Acesso em: 16 abr. 2015.
MITCHELL, Ronald K.; AGLE, Bradley R.; WOOD, Donna J. Toward a theory of stakeholder identification and salience: Defining the principle of who and what really counts. Academy of management review, v. 22, n. 4, p. 853-886, out.1997. DOI: https://doi.org/10.2307/259247
OSTERWALDER, Alexander; PIGNEUR, Yves. Business Model Generation: Inovação em Modelos de Negócios. Rio de Janeiro, Alta Books Editora, 2011, 300 p.
TORRES, Lucas Hoerlle. Teoria do Stakeholder: um estudo da aplicação do princípio de equidade do Stakeholder. 2013. 122f. Dissertação (Mestrado em Administração) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
REBOLLAR, Paola May; VELLOSO, Carolina Quiumento; ERN, Rogério; VIEIRA, Hamilton Justino; SILVA, Aparecido Lima da. Vales da uva Goethe. Urussanga: PROGOETHE, 2007. 64p.
ROESCH, Sylvia Maria Azevedo; BECKER, Grace Vieira; MELLO, Maria Ivone de. Projetos de estágio e de pesquisa em administração: guia para estágios, trabalhos de conclusão, dissertações e estudos de caso. 3. ed São Paulo: Atlas, 2009.
SILVA, Tânia Nunes da et al. A Inovação Tecnológica na Cooperativa Vinícola Aurora Ltda. - RS: Desafios Atuais e Futuros para Sobrevivência em Indústrias Inovadoras. 2006. Disponível em: <http://www.anpad.org.br/admin/pdf/CCT498.pdf>. Acesso em: 27 abr. 2015.
VALES DA UVA GOETHE (Urussanga). Busca das Origens. 2014. Disponível em: . Acesso em: 28 out. 2014.
INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL. Indicações Geográficas Reconhecidas. 2012. Disponível em: . Acesso em: 28 set. 2014.
VELLOSO, Carolina Quiumento. Indicação geográfica e desenvolvimento territorial sustentável: a atuação dos atores sociais nas dinâmicas de desenvolvimento territorial a partir da ligação do produto ao território.2008. 166 dissertação (Mestrado em Agroecossistemas) – Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Estado de Santa Catarina, Florianópolis.
VERSCHOORE FILHO, Jorge Renato de Souza. Redes de cooperação inter organizacionais: a identificação de atributos e benefícios para um modelo de gestão.2006. 206f. Tese de Doutorado (Doutorado em Administração). Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre.
VIEIRA, A. C. P.; GARCIA, J. R.; BRUCH, K. L. Análise econômico-ecológica dos efeitos da mudança climática na região delimitada pela Indicação de Procedência Vales da Uva Goethe em Santa Catarina – Brasil. Congresso Internacional Sistemas Agroalimentares Localizados, 6., 2013, Florianópolis: UFSC; Cirad, 2013.
VIEIRA, Adriana Carvalho Pinto; PELLIN, Valdinho. As Indicações Geográficas como Estratégia para Fortalecer o Território: o caso da indicação de procedência dos vales da uva Goethe. Desenvolvimento em Questão, v. 13, n. 30, p. 155-174, 2015. DOI: https://doi.org/10.21527/2237-6453.2015.30.155-174
YAMAGUCHI, C.K.; VIEIRA, A. C. P.; BRUCH, Kelly Lissandra; JENOVEVA NETO, R.; WATANABE, M.; Felisberto, Zeli. Indicação geográfica e a criação do conhecimento: Estudo de caso da Indicação de Procedência do Vales da Uva Goethe em Santa Catarina, Brasil. Perspectivas em Gestão & Conhecimento, v. 3, p. 145-160, 2013.
WITTMANN, L.M; DOTTO, D.R; WEGNER, D. Redes de empresas: um estudo de redes de cooperação do Vale do Rio Pardo e Taquari no estado do Rio Grande do Sul. REDES, Santa Cruz do Sul. v.13, n. 1, p. 160-180, jan./abr. 2008.
Downloads
Arquivos adicionais
Publicado
Edição
Seção
Categorias
Licença
Copyright (c) 2025 Miguelangelo Gianezini, Cristina Keiko Yamaguchi, Cleber Domingos Ceron, Adriana Carvalho Pinto Vieira (Autor)

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Este trabalho está licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0). Isso significa que você tem a liberdade de:
- Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer meio ou formato.
- Adaptar — remixar, transformar e construir sobre o material para qualquer propósito, inclusive comercial.
O uso deste material está condicionado à atribuição apropriada ao(s) autor(es) original(is), fornecendo um link para a licença, e indicando se foram feitas alterações. A licença não exige permissão do autor ou da editora, desde que seguidas estas condições.
A logomarca da licença Creative Commons é exibida de maneira permanente no rodapé da revista.
Os direitos autorais do manuscrito podem ser retidos pelos autores sem restrições e solicitados a qualquer momento, mesmo após a publicação na revista.