Integração Vertical e Horizontal na Cadeia de Suprimentos: Impactos na Resiliência Operacional
Vertical and Horizontal Integration in the Supply Chain: Impacts on Operational Resilience
DOI:
https://doi.org/10.51473/rcmos.v1i1.2024.1418Palavras-chave:
Integração vertical; integração horizontal; cadeia de suprimentos; resiliência operacional; governança; custos de transação.Resumo
Este artigo investiga como estratégias de integração vertical (a montante e a jusante) e horizontal (entre pares ou setores adjacentes) influenciam a resiliência operacional de cadeias de suprimentos em contextos de alta volatilidade. Com base nos fundamentos da economia dos custos de transação e da visão baseada em recursos, articulados à literatura de gestão de operações e continuidade de negócios, propõe-se um quadro analítico que relaciona estrutura de governança (make-or-buy, alianças e fusões), arquitetura de rede (centralidade, redundância e modularidade) e práticas de resposta (visibilidade, flexibilidade, buffers e substituibilidade) a métricas de robustez, agilidade e capacidade de recuperação (MTTR, service level, fill rate e backlog clearing). Os achados indicam que a integração vertical eleva controle, coordenação e priorização de capacidade, reduzindo riscos de ruptura em insumos críticos, enquanto a integração horizontal amplia escopo, economias de escala e compartilhamento de capacidades, acelerando a reconfiguração diante de choques. Entretanto, efeitos adversos, como rigidez, concentração de risco, lock-in e perda de opcionalidade, emergem quando a integração ocorre sem critérios de viabilidade dinâmica e governança adaptativa. O estudo sintetiza evidências e apresenta diretrizes para desenho organizacional, critérios de investimento e avaliação da resiliência em cadeias de suprimentos complexas.
Downloads
Referências
CHANDLER, A. D. The Visible Hand: The Managerial Revolution in American Business. Cambridge, MA: Harvard University Press, 1977.
CHOPRA, S.; MEINDL, P. Supply Chain Management: Strategy, Planning, and Operation. 6. ed. Boston: Pearson, 2016.
CHRISTOPHER, M. Logistics & Supply Chain Management. 5. ed. Harlow: Pearson, 2016.
COASE, R. H. The Nature of the Firm. Economica, v. 4, n. 16, p. 386–405, 1937. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1468-0335.1937.tb00002.x
HOLLNAGEL, E.; WOODS, D. D.; LEVESON, N. Resilience Engineering: Concepts and Precepts. Aldershot: Ashgate, 2006.
ISO. ISO 22301:2019 — Security and resilience — Business continuity management systems — Requirements. Genebra: International Organization for Standardization, 2019.
ISO. ISO 28000:2007 — Specification for security management systems for the supply chain. Genebra: International Organization for Standardization, 2007.
IVANOV, D.; DOLGUI, A. Viability of intertwined supply networks: extending the supply chain resilience angles. International Journal of Production Research, v. 58, n. 10, p. 2904–2915, 2020. DOI: https://doi.org/10.1080/00207543.2020.1750727
PONOMAROV, S. Y.; HOLCOMB, M. C. Understanding the concept of supply chain resilience. The International Journal of Logistics Management, v. 20, n. 1, p. 124–143, 2009. DOI: https://doi.org/10.1108/09574090910954873
PORTER, M. E. Competitive Advantage: Creating and Sustaining Superior Performance. New York: Free Press, 1985.
RITCHIE, B.; ZSIDISIN, G. A. (org.). Supply Chain Risk: A Handbook of Assessment, Management, and Performance. New York: Springer, 2009. DOI: https://doi.org/10.1007/978-0-387-79934-6
SHEFFI, Y. The Resilient Enterprise: Overcoming Vulnerability for Competitive Advantage. Cambridge, MA: MIT Press, 2005.
SHEFFI, Y. The Power of Resilience: How the Best Companies Manage the Unexpected. Cambridge, MA: MIT Press, 2015. DOI: https://doi.org/10.7551/mitpress/9780262029797.001.0001
SIMCHI-LEVI, D.; KAMINSKY, P.; SIMCHI-LEVI, E. Designing and Managing the Supply Chain: Concepts, Strategies and Case Studies. 3. ed. Boston: McGraw-Hill/Irwin, 2008.
TANG, C. S. Perspectives in supply chain risk management. International Journal of Production Economics, v. 103, p. 451–488, 2006. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ijpe.2005.12.006
TEECE, D. J. Profiting from technological innovation: Implications for integration, collaboration, licensing and public policy. Research Policy, v. 15, n. 6, p. 285–305, 1986. DOI: https://doi.org/10.1016/0048-7333(86)90027-2
WILLIAMSON, O. E. The Economic Institutions of Capitalism: Firms, Markets, Relational Contracting. New York: Free Press, 1985.
ZHANG, D.; SIMCHI-LEVI, D. Quantifying the bullwhip effect in a multiple-echelon supply chain. Operations Research, v. 58, n. 2, p. 454–470, 2010.
Downloads
Arquivos adicionais
Publicado
Edição
Seção
Categorias
Licença
Copyright (c) 2024 Ivan de Matos (Autor)

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Este trabalho está licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0). Isso significa que você tem a liberdade de:
- Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer meio ou formato.
- Adaptar — remixar, transformar e construir sobre o material para qualquer propósito, inclusive comercial.
O uso deste material está condicionado à atribuição apropriada ao(s) autor(es) original(is), fornecendo um link para a licença, e indicando se foram feitas alterações. A licença não exige permissão do autor ou da editora, desde que seguidas estas condições.
A logomarca da licença Creative Commons é exibida de maneira permanente no rodapé da revista.
Os direitos autorais do manuscrito podem ser retidos pelos autores sem restrições e solicitados a qualquer momento, mesmo após a publicação na revista.