A que se deve o desaparecimento dos cajueiros no Soyo?

What is the reason for the disappearance of cashew trees in Soyo?

Autores

  • João Zombo Instituto Superior Politécnico do Soyo  Autor
  • Mpiangu António Marciano Instituto Superior Politécnico do Soyo  Autor

DOI:

https://doi.org/10.51473/rcmos.v1i2.2025.1645

Palavras-chave:

Poluição petrolífera, Stress hídrico, Ciclo produtivo, Renovação de cultivos, Políticas de incentivo

Resumo

Resumo 
Este estudo analisa as causas do desaparecimento dos cajueiros em Soyo, apontando como principal fator a poluição petrolífera - decorrente de derrames de óleo e emissões tóxicas das empresas de exploração - que compromete a fertilidade do solo e reduz drasticamente a produtividade, com perdas de até 80% em algumas áreas costeiras. Fatores climáticos, como longos períodos de seca, stress hídrico e o término do ciclo produtivo das plantações antigas, agravam o declínio das árvores, dificultando a formação de flores e frutos. A pesquisa baseou-se em entrevistas com agricultores afetados, ambientalistas e autoridades locais, além da análise de dados de produção agrícola e de testes de contaminação do solo. Ao quadro juntam-se a falta de renovação sistemática das áreas de cultivo, o avanço urbano que fragmenta as propriedades, a desertificação de zonas rurais e o apoio técnico e financeiro insuficiente prestado aos produtores, que limita o acesso a mudas melhoradas e práticas de manejo sustentável. Para reverter esse processo, recomenda-se a descontaminação dos solos usando técnicas de fitorremediação e lavagens químicas, a introdução de mudas geneticamente adaptadas a condições de stress, a implementação de programas de manejo agroecológico e a criação de linhas de crédito e assistência técnica dedicada à cajucultura. Políticas públicas de incentivo e parcerias entre governo, setor petrolífero, institutos de pesquisa e cooperativas de agricultores são fundamentais para restaurar a produtividade, recuperar áreas degradadas e garantir a sustentabilidade da cajucultura em Soyo. O sucesso das iniciativas dependerá do monitoramento contínuo, como da sensibilização das comunidades. 

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Biografia do Autor

  • João Zombo , Instituto Superior Politécnico do Soyo 

    Doutorando em Educação na Genesys International Higher Education/USA. Mestre em Ciências Geológicas e Minerológicas. Licenciado em Hidrogeologia da Engenharia. Na Universidade Estatal de Azerbaijão. Professor Universitário do Instituto Superior Politécnico do Soyo, nas cadeiras de: Análise Matemática, Matemática Geral e Complemento de Matemática Elementar. Contatos telefónicos: 924410018, Instituto Superior Politécnico do Soyo 

  • Mpiangu António Marciano, Instituto Superior Politécnico do Soyo 

    Doutorando em Educação na Genesys International Higher Education/USA. Mestre em Ciências de Educação pelo Fundação Universitária IBRO-Americana; Licenciado em Ciências de Educação na Opção de Matemática, no Instituto Superior de Ciências de Educação do Uíge; Professor Universitário no Instituto Superior Politécnico do Soyo, nas cadeiras de: Matemática Geral e Metodologia de Matemática; Contatos telefónicos: 924426083,. Instituto Superior Politécnico do Soyo   

Referências

VOA PORTUGUÊS. Agricultores no Soyo dizem que poluição petrolífera está a afectar as suas colheitas. 15 fev. 2023.

ANGOP. Soyo relança cajucultura. 17 maio 2024.

NOVO JORNAL. Soyo: um município “cheio” de recursos, mas longe do desenvolvimento esperado. 15 jul. 2023.

SANTOS, J. P.; ALMEIDA, R. Phytoremediation of petroleum hydrocarbon-contaminated soils in tropical regions. Journal of Environmental Science and Technology, v. 35, n. 4, p. 223–234, 2021.

JOHNSON, B. B.; ULRICH, A. Analytical methods for soil fertility evaluation. University of California Publications in Agriculture, v. 23, p. 1–132, 1959.

Publicado

05.11.2025

Como Citar

ZOMBO , João; MARCIANO, Mpiangu António. A que se deve o desaparecimento dos cajueiros no Soyo? What is the reason for the disappearance of cashew trees in Soyo?. RCMOS - Revista Científica Multidisciplinar O Saber, Brasil, v. 1, n. 2, 2025. DOI: 10.51473/rcmos.v1i2.2025.1645. Disponível em: https://submissoesrevistarcmos.com.br/rcmos/article/view/1645. Acesso em: 20 nov. 2025.