Educação e empatia: a importância da relação professor-aluno
Education and empathy: the importance of the teacher-student relationship
DOI:
https://doi.org/10.51473/rcmos.v1i1.2025.1011Palavras-chave:
Empatia. Relação professor-aluno. Educação humanizada. Prática pedagógica.Resumo
Este trabalho tem como propósito refletir sobre a relevância da empatia como elemento estruturante das práticas pedagógicas e das relações estabelecidas no contexto escolar. A questão de pesquisa que orientou o estudo foi: como a relação empática entre professor e aluno pode influenciar positivamente os processos de ensino e aprendizagem no ambiente escolar? Para respondê-la, definiu-se como objetivo geral analisar de que maneira a empatia pode fortalecer a prática docente e contribuir para uma educação mais humanizada. Como objetivos específicos, buscaram-se: (1) compreender os fundamentos teóricos da empatia e sua relevância na relação pedagógica, e (2) identificar práticas pedagógicas empáticas que possam ser aplicadas no cotidiano escolar. A metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica, com base em autores como Paulo Freire, Carl Rogers, Mantoan, Pianta e Johnson & Johnson. Os resultados evidenciam que a empatia é condição essencial para a construção de vínculos afetivos e para o desenvolvimento de um ambiente escolar acolhedor, propício à aprendizagem significativa. A relação empática contribui para o fortalecimento da autoestima dos alunos, o engajamento nas atividades escolares e o respeito à diversidade, sendo, portanto, um elemento transformador da prática educativa. Constatou-se, ainda, que o desenvolvimento da empatia requer formação continuada dos docentes, autorreflexão sobre sua prática e o engajamento em propostas pedagógicas dialógicas e cooperativas. Diante disso, o presente estudo propõe uma intervenção pedagógica voltada à formação docente com foco na empatia como competência relacional. O trabalho contribui com o campo educacional ao ressaltar a importância das relações humanas no processo de ensino e aprendizagem e ao propor caminhos concretos para uma pedagogia mais ética, afetiva e inclusiva.
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