Disfunções pélvicas em mulheres praticantes de crossfit
Pelvic dysfunctions in women practicing crossfit
DOI:
https://doi.org/10.51473/rcmos.v1i2.2025.1576Palavras-chave:
incontinência urinária; assoalho pélvico; prolapso; exercício; Crossfit.Resumo
O CrossFit é uma modalidade cada vez mais popular entre as mulheres e os exercícios propostos de alto impacto, podem influenciar a função dos músculos do assoalho pélvico. I objetivo deste estudo é avaliar as disfunções do assoalho pélvico em mulheres praticantes de Crossfit. Trata-se de um estudo transversal que foi realizado em mulheres entre 18 e 40 anos de idade. A coleta de dados, via questionários online, foi realizada no formato eletrônico por meio da plataforma Google Forms, o qual continha questões sobre dados sociodemográficos, antropométricos, história obstétrica, caracterização da atividade de Crossfit e sobre o conhecimento das contrações dos músculos do assoalho pélvico e a identificação de suas disfunções (incontinência urinária, incontinência anal, dor na relação sexual e prolapsos de órgãos pélvicos). Como resultados encontrou-se que 73,4% das participantes apresentam uma ou mais disfunções do assoalho pélvico, sendo 35,1% de incontinência urinaria (33% referem a perda durante o treino), 4,3% de prolapsos, 26,6% de dor na relação sexual, 27,7% perda de flatos, 10,7% perda de fezes 30,9% presença de constipação intestinal. A análise de regressão logística com os fatores de risco para disfunção do assoalho pélvico demonstrou significância estatística na variável “prática” de outro exercício físico (p= 0,023). Nas comparações entre os grupos com e sem disfunção do assoalho pélvico não houve diferença. Portanto, o estudo demonstrou que há uma alta prevalência de disfunção do assoalho pélvico em mulheres praticantes de CrossFit, sendo a incontinência urinária o sintoma mais relatado. A única associação encontrada foi na prática de outro exercício físico além do CrossFit.
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