Tecnologias militares na segurança privada: inovações e aplicações
Military technologies in private security: innovations and applications
DOI:
https://doi.org/10.51473/rcmos.v2i2.2022.1647Palavras-chave:
Segurança Privada; Militarização; Tecnologias de Duplo Uso; VANTs; Inteligência Corporativa; Direito Público.Resumo
O presente artigo científico se propõe a investigar o fenômeno da transposição e adaptação de tecnologias e metodologias de origem militar para o setor de segurança privada no Brasil e no cenário global, analisando as implicações jurídicas e operacionais desta crescente militarização. O estudo detalha a incorporação de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), a customização de softwares de monitoramento com capacidade de inteligência e a aplicação de técnicas de intelligence militar ao contexto de gestão de riscos corporativos. O objetivo central é demonstrar como tais inovações elevam a eficiência na prevenção e resposta a ameaças, ao mesmo tempo em que suscitam dilemas éticos complexos relacionados à vigilância massiva e à preservação das garantias fundamentais da cidadania. Conclui-se pela urgência na atualização do marco regulatório nacional para compatibilizar a inovação tecnológica com os imperativos do Estado Democrático de Direito, especialmente no tocante à privacidade e aos limites do exercício do poder de polícia privado.
Downloads
Referências
ANAC. Regulamento Brasileiro de Aviação Civil Especial RBAC-E nº 94: Requisitos Gerais para Aeronaves Não Tripuladas de Uso Civil. Brasília, DF, 2017.
BAUMAN, Zygmunt. Vigilância líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2017.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.
BRAGA, Sérgio. Segurança corporativa: estratégias e tecnologias de duplo uso. São Paulo: Érica, 2016.
BRITO, Francisco. Investigação empresarial e limites legais: o direito à privacidade do empregado. 3. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2018.
CASTELS, Manuel. A galáxia da Internet: reflexões sobre a Internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Zahar, 2016.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. 42. ed. Petrópolis: Vozes, 2014.
GARCIA, Júlio C. Contra-inteligência corporativa: protegendo ativos intangíveis. Curitiba: Juruá, 2016.
GIDDENS, Anthony. Sociologia. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2019.
GOMES, André L. Inteligência e gestão de riscos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.
HARTZ, Vera. Saúde, segurança e ambiente em empresas: a gestão de riscos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
JONES, Helen. Ética em vigilância e tecnologia. São Paulo: Perspectiva, 2019.
LEAL, Roberto A. Direito à privacidade na era da vigilância tecnológica. 4. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2018.
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
OLIVEIRA, Lúcia R. VANTs e a nova fronteira da vigilância. São Paulo: Editora USP, 2019.
PEREIRA, Carlos A. Tecnologias de duplo uso e segurança internacional. São Paulo: Fundação Getúlio Vargas, 2019.
PINHEIRO, Fernando S. Inteligência corporativa: a visão estratégica. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2017.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. 14. ed. São Paulo: Cortez, 2017.
SANTOS, Ricardo. OSINT: o poder da inteligência de fontes abertas. 2. ed. Brasília: Editora IESB, 2018.
SILVA, Eduardo N. Segurança de perímetros com drones: aspectos técnicos e legais. Salvador: Juspodivm, 2017.
SOARES, Luiz Eduardo. Segurança pública: Estado e sociedade civil no Brasil. 4. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018.
SOUZA, Marcos R. Big Data na segurança: previsão e prevenção de risco. Curitiba: InterSaberes, 2016.
TILLY, Charles. As relações perigosas: capital e coerção na formação dos Estados. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.
VIEIRA, Oscar V. O direito e a força na segurança privada. São Paulo: Malheiros, 2015.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Categorias
Licença
Copyright (c) 2022 Rodrigo Hipólito Menezes de Araújo (Autor)

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Este trabalho está licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0). Isso significa que você tem a liberdade de:
- Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer meio ou formato.
- Adaptar — remixar, transformar e construir sobre o material para qualquer propósito, inclusive comercial.
O uso deste material está condicionado à atribuição apropriada ao(s) autor(es) original(is), fornecendo um link para a licença, e indicando se foram feitas alterações. A licença não exige permissão do autor ou da editora, desde que seguidas estas condições.
A logomarca da licença Creative Commons é exibida de maneira permanente no rodapé da revista.
Os direitos autorais do manuscrito podem ser retidos pelos autores sem restrições e solicitados a qualquer momento, mesmo após a publicação na revista.





