Análise Epidemiológica da mortalidade materna por doenças hipertensivas no Piauí entre 2013 e 2022
Epidemiological analysis of maternal mortality due to hypertensive diseases in Piauí between 2013 and 2022
DOI:
https://doi.org/10.51473/rcmos.v1i2.2025.1432Palavras-chave:
Análise Epidemiológica. Mortalidade Materna. Síndromes Hipertensivas Gestacionais. Pré-Eclâmpsia.Resumo
Introdução: A mortalidade materna é um indicador crucial de saúde pública, influenciado por fatores como acesso aos cuidados de saúde, condições socioeconômicas e qualidade da assistência. No Brasil, as síndromes hipertensivas gestacionais (SHG) estão entre as principais causas de morte materna obstétrica direta. Dentro da região Nordeste, o Piauí se destaca por apresentar um risco de mortalidade materna por esta causa maior que outros estados. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da mortalidade materna por doenças hipertensivas no Piauí, nos anos de 2013 a 2022. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa, que utilizou informações de nascidos vivos do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos e de óbitos maternos relacionados à síndromes hipertensivas na base de dados do Sistema de Informação da Mortalidade dos anos de 2013 a 2022, no Piauí, disponíveis no DATASUS. Resultados: Dos 406 óbitos maternos, 100 (24,6%) foram relacionados à doença hipertensiva. A maioria dos óbitos ocorreu nos anos de 2019 e 2022, sendo a eclâmpsia a principal causa de morte (58%). A faixa etária mais acometida foi a de mães de 30 a 34 anos (26%) com 8 a 11 anos de escolaridade (33%). As mulheres pardas representam a maioria de pacientes nesse desfecho (74%) e o período do ciclo gravídico-puerperal com maior número de óbitos foi puerpério (57%). Conclusões: A pesquisa revelou um padrão oscilatório e uma alta incidência de óbitos maternos devido a doenças hipertensivas no Piauí, com maior ocorrência em 2019 e 2022. A eclâmpsia foi a principal causa, afetando mulheres pardas, de 30 a 34 anos, com 8 a 11 anos de escolaridade, especialmente no puerpério. Os dados do estudo podem direcionar melhorias nas políticas de saúde, com foco na promoção do pré-natal, diagnóstico precoce, classificação de risco e prevenção de complicações em gestantes no estado.
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