Investigação criminal sobre meios digitais
Criminal investigation on digital media
DOI:
https://doi.org/10.51473/rcmos.v1i1.2025.991Palavras-chave:
Investigação criminal; agentes e a sua responsabilidade; processo judicial; Meios Digitais.Resumo
A presente pesquisa tem por fim abordar sobre Investigação Criminal sobre Meios Digitais. A investigação criminal é a actividade que compreende o processo de deteção, recolha de indícios e provas que, nos termos da lei processual penal, visa averiguar a existência de um crime, determinar os seus agentes e a sua responsabilidade, no âmbito de um processo judicial. Deve referir-se que a investigação criminal só existe como tal no âmbito de um processo de natureza penal. num Estado de direito, a validade dos novos meios de obtenção de prova propiciados pela evolução tecnológica não se dá de forma automática. Pelo contrário, estes, pela sua lesividade, encontram-se cobertos por uma intransponível proibição de prova, requerendo uma intervenção legislativa no sentido de os prever em norma clara, expressa e determinada, com um regime jurídico denso e autónomo, para que a sua utilização de se torne admissível e a prova obtida por via desse surja como legítima.
Downloads
Referências
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Andrade, Manuel da Costa. 1994, “Sobre a valoração como meio de prova em processo penal das gra vações produzidas por particulares”, Estudos em Homenagem ao Prof. Doutor Eduardo Correia, I Volume, Coimbra.
ANTUNES, Mário / RODRIGUES, Baltazar, Introdução à Cibersegurança, 2.ª ed., FCA Editora, 2022. ÅRNES, André, Digital Forensics, Wiley, 2018 AUTORIDADE EUROPEIA PARA A PROTECÇÃO DE DADOS, «Quantum computing and cryptography», em TechDispatch, n.º 2, 2020.
AYCOCK, John, Computer Viruses and Malware, Springer, 2006.
BELEZA, Teresa Pizarro / PINTO, Frederico de Lacerda da Costa, «A prova criminal e as garantias de defesa: linhas de leitura e pontos de tensão», em Prova Criminal e Direito de Defesa, Almedina, 2010 BERCOVITZ, Rachel, «Law Enforcement Hacking», em Columbia Law Review, vol. 121, n.º 4, 2021.
ABEL, Wiebke / SCHAFER, Burkhard, «The German Constitutional Court on the Right in Confidentiality and Integrity of Information Technology Systems – a case report on BVerfG, NJW 2008, 822», em SCRIPTed, vol. 6, n.º 1, 2009 ALBERGARIA, Pedro Soares de, «Artigo 125.º – Legalidade da prova», em Comentário Judiciário do Código de Processo Penal – Tomo II, 3.ª ed., Almedina, 2021. DOI: https://doi.org/10.2966/scrip.060109.106
NHAMITAMBO, Raul de Miguel Benjamim Jofrisse. ANÁLISE DA JURISPRUDÊNCIA NACIONAL E DAS LACUNAS EXISTENTES NA LEI MOÇAMBICANA EM RELAÇÃO AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÕES: Analysis of national jurisprudence and gaps in mozambican law in relation to information and communications technologies. RCMOS - Revista Científica Multidisciplinar O Saber, Brasil, v. 1, n. 1, 2025. DOI: 10.51473/rcmos.v1i1.2025.972. Disponível em: https://submissoesrevistacientificaosaber.com/index.php/rcmos/article/view/972. Acesso em: 3 maio. 2025. DOI: https://doi.org/10.51473/rcmos.v1i1.2025.972
NHAMITAMBO, Raul de Miguel Benjamim Jofrisse. CRIMES INFORMÁTICOS NO ORDENAMENTO JURÍDICO MOÇAMBICANO: Computer crimes in the mozambican legal system. RCMOS - Revista Científica Multidisciplinar O Saber, Brasil, v. 1, n. 1, 2025. DOI: 10.51473/rcmos.v1i1.2025.976. Disponível em: https://submissoesrevistacientificaosaber.com/index.php/rcmos/article/view/976. Acesso em: 9 maio. 2025. DOI: https://doi.org/10.51473/rcmos.v1i1.2025.976
NATIONAL INSTITUTE OF STANDARDS AND TECHNOLOGY, «Guide to integrating forensic techniques into incident response», SP 800-86.
NEVES, António Castanheira, «A unidade do sistema jurídico: o seu problema e o seu senti-do», em Digesta, vol. 2, Coimbra Editora, 1995 — Sumários de Processo Criminal, 1968. NEVES, Rita Castanheira, As Ingerências nas Comunicações Electrónicas em Processo Penal, Coimbra Editora, 2011.
NIELSEN, Jakob, «Nielsen’s law of internet bandwidth», em Nielsen Norman Group, 1998. NUNES, Duarte Rodrigues, «A admissibilidade da obtenção, diretamente pelas autoridades, de dados de localização por meio de sistema de GPS à luz do direito processual penal portu-guês», em Julgar, n.º 32, 2017.
LEGISLAÇÃO
MOÇAMBIQUE, Lei nº 24/2019, de 24 de Dezembro. Aprova a Lei de Revisão do Código Penal. Imprensa Nacional, Moçambique, MPT, 24 de Dezembro.
MOÇAMBIQUE, Lei n.º 11/2023: Altera o número 3, do artigo 311 da Constituição da República de 2004, alterada pela Lei n.º 1/2018, de 12 de Junho. Imprensa Nacional, Moçambique, MPT, 12 de Junho.
MOÇAMBIQUE, Lei nº 3/2017, de 9 de Janeiro. Estabelece os princípios, normas gerais e o regime jurídico das Transacções Electrónicas e do governo electrónico. Imprensa Nacional, Moçambique, MPT, 9 de Janeiro.
MOÇAMBIQUE, Lei nº 8/2004 de 21 de Julho. Aprova a Lei das Telecomunicações. Imprensa Nacional, Moçambique, MPT, 21 de Julho.
MOÇAMBIQUE, Decreto nº 75/2014 de, 12 de Dezembro. Aprova o Regulamento de Controlo de Trafego de Telecomunicações. Imprensa Nacional, Moçambique, MPT, 12 de Dezembro.
MOÇAMBIQUE, Lei nº 25/2019, de 26 de Dezembro. Aprova a Lei de revisão do Código de Processo Penal. Imprensa Nacional, Moçambique, MPT, 26 de Dezembro.
MOÇAMBIQUE, Decreto-Lei n2 1/2005, de 27 de Dezembro. Introduz alterações ao Código de Processo Civil. Imprensa Nacional, Moçambique, MPT, 27 de Dezembro.
Downloads
Arquivos adicionais
Publicado
Edição
Seção
Categorias
Licença
Copyright (c) 2025 Raul de Miguel Benjamim Jofrisse Nhamitambo (Autor)

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Este trabalho está licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0). Isso significa que você tem a liberdade de:
- Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer meio ou formato.
- Adaptar — remixar, transformar e construir sobre o material para qualquer propósito, inclusive comercial.
O uso deste material está condicionado à atribuição apropriada ao(s) autor(es) original(is), fornecendo um link para a licença, e indicando se foram feitas alterações. A licença não exige permissão do autor ou da editora, desde que seguidas estas condições.
A logomarca da licença Creative Commons é exibida de maneira permanente no rodapé da revista.
Os direitos autorais do manuscrito podem ser retidos pelos autores sem restrições e solicitados a qualquer momento, mesmo após a publicação na revista.