Abandono afetivo e alienação parental: divórcio e seus efeitos psicossociais nos filhos
Abandonment and Parental Alienation: Divorce and Its Psychosocial Effects on Children
DOI:
https://doi.org/10.51473/rcmos.v1i2.2024.730Palavras-chave:
Divórcio. Família. Sociedade Abandono afetivo. Alienação Parental.Resumo
Configura-se o abandono afetivo pela negligência em si próprio ao descuidar dos filhos. Já a alienação parental é uma intromissão na formação do psique da criança ou do adolescente. Nesse contexto, emergiu a seguinte questão: quais as implicações oneradas pelo divórcio sobre o filho que sofre abandono afetivo? Como este é visto e conceituado pela legislação brasileira e as implicações que podem ocorrer, visando esclarecer as possíveis consequências que se mostram presentes na interferência do desenvolvimento infantil de maneira não saudável? Assim, o objetivo deste estudo foi elencar os impactos psicossociais sofridos pela prole em virtude do abandono afetivo e da alienação parental como agravantes jurídicos. A metodologia adotada foi a de estudo dedutivo-hipotético o qual utilizou como técnica de pesquisa a revisão integrativa de literatura, de abordagem qualitativa. Portanto, em virtude de diversas eventualidades como a separação ou o dia a dia cansativo dos pais, a prole pode se ver isolada, em razão da omissão do afeto, o que acaba onerando em inestimáveis danos em relação aos aspectos psicossociais da criança e do adolescente.
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