Pobreza e Conflitos Políticos nas escolas Noturnas do Interior da Província do Grão-Pará (1871-1879)
Poverty and political conflicts in night schools in the interior of the province of Grão-Pará (1871-1879).
DOI:
https://doi.org/10.51473/rcmos.v1i1.2025.875Palavras-chave:
Escola Noturna. Interior. Conflitos Políticos. Província do Grão-Pará.Resumo
A década de 1870 marcou o nascimento das escolas noturnas na província do Grão-Pará, nesse movimento que vinha ocorrendo pelas diversas províncias do império brasileiro daquele tempo a exemplo do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraíba, Santa Catarina, Bahia, Ceará e muitos outras irão, ao seu modo, colocar em prática o ensino para alfabetizar adultos livres. Em Abril de 1871, o presidente da província Joaquim Pires Machado Portella aprova o regulamento da instrução pública, precisamente, no “Art.27. Para o ensino primário de adultos haverá uma escola nocturna em cada uma das cidades da província e duas pelo o menos na capital”. A regulamentação das aulas noturnas estimulou, uma rápida procura por matriculas na escola da câmara municipal de Belém regida pelo Padre Felix Vicente de Leão e pelo político João Diogo Clemente Malcher, seus fundadores. Porém, não demorou para que as desavenças começassem, membros das forças políticas formadas por liberais e conservadores disputaram a hegemonia pelo controle das escolas noturnas criadas, a partir de 1871, no interior do Grão-Pará – Vigia, Ponta de Pedras, Soure, Marapanim e Óbidos foram alguns dos municípios em que se implantaram escolas noturnas. Esta pesquisa histórica, utilizando de jornais e manuscritos do Arquivo Público do Pará, procura debater aspectos dessas refregas que ora pensavam na formação dos alunos adultos trabalhadores, assim também como explora os interesses pelo do controle da escola noturna pelos sujeitos ligados as agremiações políticas da província do Grão-Pará.
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