Mudanças climáticas e impactos na vida do trabalhador amazônico: racismo ambiental e o direito à sadia qualidade de vida
Climate change and impacts on the life of the amazonian worker: environmental racism and the right to a healthy quality of life”
DOI:
https://doi.org/10.51473/rcmos.v1i2.2025.1553Palavras-chave:
Mudanças Climáticas. Meio Ambiente. Trabalhador Amazônico. Racismo Ambiental.Resumo
Amazônia brasileira, imensidão verde cortada por rios que não têm fim; território de distâncias longas e obstáculos estruturais que moldam a vida de seus habitantes. A presença estatal, de políticas públicas efetivas, nas comunidades ribeirinhas e interioranas é inversamente proporcional à riqueza de fauna e flora que caracteriza a região. Nesse cenário, o trabalhador amazônico – caboclo forte, extrativista, castanheiro, peconheiro ou seringueiro – enfrenta os paradoxos trazidos pelas mudanças climáticas: estiagens severas, enchentes devastadoras, escassez em meio à abundância. Ainda que nada contribua para o aquecimento global, é ele quem mais sofre seus efeitos, vivendo o racismo ambiental em sua forma mais cruel. Defende-se, neste ensaio, que o trabalhador amazônico, sujeito de direitos fundamentais, não pode ter sua dignidade comprometida em razão da ausência do Estado e dos reflexos da degradação ambiental global. Ao contrário, impõe-se o reconhecimento de sua vulnerabilidade e a adoção de políticas públicas que superem obstáculos geográficos e climáticos, promovendo justiça ambiental, social e trabalhista.
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