A atuação da odontopediatra no manejo das necessidades bucais de pacientes com Displasia Cleidocraniana
The role of pediatric dentists in managing the oral needs of patients with Cleidocranial Dysplasia
DOI:
https://doi.org/10.51473/rcmos.v1i2.2025.1716Palavras-chave:
Displasia Cleidocraniana, Odontopediatria, Anomalias Dentárias, Manejo Odontológico, Saúde bucal infantil.Resumo
Introdução: A displasia cleidocraniana (DCC) é uma condição esquelética congênita rara, de herança autossômica dominante, com ampla variabilidade clínica. A prevalência é estimada em 1:1.000.000, sem predileção por gênero e sem impacto nas capacidades cognitivas. Objetivo: Este trabalho visa analisar a atuação da odontopediatra no manejo da DCC em crianças, condição genética que afeta a formação craniodentofacial e acarreta alterações funcionais e estéticas. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão narrativa baseada em artigos disponíveis na base PubMed. Foram incluídos estudos sobre DCC em pacientes pediátricos, com foco em etiopatogênese e relatos clínicos relevantes ao manejo odontológico. Não houve delimitação temporal. Revisão de Literatura: O diagnóstico da DCC ocorre por meio da análise de sinais clínicos e radiográficos, geralmente visíveis desde a infância. São comuns a retenção prolongada de dentes decíduos, erupção tardia dos permanentes e dentes supranumerários. A odontopediatra, muitas vezes, é o primeiro a identificar tais sinais, favorecendo um diagnóstico precoce e estratégias terapêuticas eficazes. Considerações Finais: A odontopediatra tem papel central no diagnóstico e acompanhamento da DCC, atuando de forma multidisciplinar para promover saúde bucal e qualidade de vida. Embora existam avanços, ainda há lacunas na literatura, reforçando a necessidade de mais pesquisas e protocolos clínicos específicos para o atendimento desses pacientes.
Downloads
Referências
WANG, S.; ZHANG, S.; WANG, Y.; CHEN, Y.; ZHOU, L. Cleidocranial dysplasia syndrome: clinical characteristics and mutation study of a Chinese family. International Journal of Clinical and Experimental Medicine, v. 6, n. 10, p. 900-907, 2013. PMID: 24260595; PMCID: PMC3832326.
KREIBORG, S.; JENSEN, B. L. Tooth formation and eruption – lessons learnt from cleidocranial dysplasia. European Journal of Oral Sciences, v. 126, supl. 1, p. 72–80, 2018. DOI: https://doi.org/10.1111/eos.12418
LU, Y.; WANG, J.; LI, L.; ZHANG, X. Three-dimensional evaluation of dental characteristics in patients with cleidocranial dysplasia. BMC Oral Health, v. 24, n. 1, p. 572, 2024. doi: 10.1186/s12903-024-04353-z. DOI: https://doi.org/10.1186/s12903-024-04353-z
MARTINS, R. B.; DE SOUZA, R. S.; GIOVANI, E. M. Cleidocranial dysplasia: report of six clinical cases. Special Care in Dentistry, v. 34, n. 3, p. 144-150, 2014. doi: 10.1111/scd.12045. DOI: https://doi.org/10.1111/scd.12045
GOLAN, I.; BAUMERT, U.; HRALA, B. P.; MÜSSIG, D. Early craniofacial signs of cleidocranial dysplasia. International Journal of Paediatric Dentistry, v. 14, n. 1, p. 49-53, 2004. doi: 10.1111/j.1365-263X.2004.00501.x. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1365-263X.2004.00501.x
THAWEESAPPHITHAK, S. et al. Cleidocranial dysplasia and novel RUNX2 variants: dental, craniofacial, and osseous manifestations. Journal of Applied Oral Science, v. 30, p. e20220028, 2022. doi: 10.1590/1678-7757-2022-0028. DOI: https://doi.org/10.1590/1678-7757-2022-0028
RAMOS MEJÍA, R.; RODRÍGUEZ CELIN, M.; FANO, V. Clinical, radiological, and auxological characteristics of patients with cleidocranial dysplasia followed in a pediatric referral hospital in Argentina. Archivos Argentinos de Pediatría, v. 116, n. 4, p. e560-e566, 2018. doi: 10.5546/aap.2018.eng.e560. DOI: https://doi.org/10.5546/aap.2018.eng.e560
MARKS, S. C. Jr.; SCHROEDER, H. E. Tooth eruption: theories and facts. Anatomical Record, v. 245, n. 2, p. 374-393, 1996. doi: 10.1002/(SICI)1097-0185(199606)245:2<374::AID-AR18>3.0.CO;2-M. DOI: https://doi.org/10.1002/(SICI)1097-0185(199606)245:2<374::AID-AR18>3.0.CO;2-M
JENSEN, B. L.; KREIBORG, S. Development of the dentition in cleidocranial dysplasia. Journal of Oral Pathology and Medicine, v. 19, n. 2, p. 89-93, 1990. doi: 10.1111/j.1600-0714.1990.tb00803.x. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1600-0714.1990.tb00803.x
KREIBORG, S.; JENSEN, B. L.; BJÖRK, A.; SKIELLER, V. Abnormalities of the cranial base in cleidocranial dysostosis. American Journal of Orthodontics, v. 79, n. 5, p. 549-557, 1981. doi: 10.1016/s0002-9416(81)90465-6. DOI: https://doi.org/10.1016/S0002-9416(81)90465-6
STONEHOUSE-SMITH, D. et al. How do teeth erupt? British Dental Journal, v. 237, n. 3, p. 217-221, 2024. doi: 10.1038/s41415-024-7609-z. DOI: https://doi.org/10.1038/s41415-024-7609-z
ATIL, F. et al. Oral rehabilitation with implant-supported fixed dental prostheses of a patient with cleidocranial dysplasia. Journal of Prosthetic Dentistry, v. 119, n. 1, p. 12-16, 2018. doi: 10.1016/j.prosdent.2017.04.014. DOI: https://doi.org/10.1016/j.prosdent.2017.04.014
DA CUNHA, L. F. et al. Cleidocranial dysplasia case report: remodeling of teeth as aesthetic restorative treatment. Case Reports in Dentistry, v. 2014, p. 901071, 2014. doi: 10.1155/2014/901071. DOI: https://doi.org/10.1155/2014/901071
ROCHA, R. et al. Orthodontic traction in a patient with cleidocranial dysplasia: 3 years of follow-up. American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics, v. 146, n. 1, p. 108-118, 2014. doi: 10.1016/j.ajodo.2013.09.016. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ajodo.2013.09.016
CANO-PÉREZ, E. et al. Demographic, clinical, and radiological characteristics of cleidocranial dysplasia: a systematic review of cases reported in South America. Annals of Medicine and Surgery, v. 77, p. 103611, 2022. doi: 10.1016/j.amsu.2022.103611. DOI: https://doi.org/10.1016/j.amsu.2022.103611
KONG, X. et al. Non-pharmacological interventions for reducing dental anxiety in pediatric dentistry: a network meta-analysis. BMC Oral Health, v. 24, n. 1, p. 1151, 2024. doi: 10.1186/s12903-024-04919-x. DOI: https://doi.org/10.1186/s12903-024-04919-x
COSTA, M.; SOUZA, R.; SILVESTRI, S.; CARVALHO, A.; GIMENEZ, T.; IMPARATO, J. Initial approach in cleidocranial dysplasia: the role of pediatric dentistry. Revista Brasileira de Odontologia, v. 74, p. 246, 2017. doi: 10.18363/rbo.v74n3.p.246. DOI: https://doi.org/10.18363/rbo.v74n3.p.246
PAUTASSO, M. Ten simple rules for writing a literature review. PLoS Computational Biology, v. 9, n. 7, p. e1003149, 2013. doi: 10.1371/journal.pcbi.1003149. DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pcbi.1003149
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Categorias
Licença
Copyright (c) 2025 Silva IBA, Magalhães AD (Autor)

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Este trabalho está licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0). Isso significa que você tem a liberdade de:
- Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer meio ou formato.
- Adaptar — remixar, transformar e construir sobre o material para qualquer propósito, inclusive comercial.
O uso deste material está condicionado à atribuição apropriada ao(s) autor(es) original(is), fornecendo um link para a licença, e indicando se foram feitas alterações. A licença não exige permissão do autor ou da editora, desde que seguidas estas condições.
A logomarca da licença Creative Commons é exibida de maneira permanente no rodapé da revista.
Os direitos autorais do manuscrito podem ser retidos pelos autores sem restrições e solicitados a qualquer momento, mesmo após a publicação na revista.





