O impacto da atuação da companhia independente de policiamento com cães da Polícia Militar do Amazonas com seus cães detectores de substâncias entorpecentes para redução dos índices de apreensões narcóticas na região sudeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.51473/rcmos.v1i2.2025.1318Palavras-chave:
Cães policiais; Narcotráfico; Amazônia; Bases Arpão.Resumo
A atuação da Companhia Independente de Policiamento com Cães – CIPCÃES, da Polícia Militar do Amazonas tem se mostrado um elemento estratégico no combate ao narcotráfico na região amazônica, especialmente através das Bases Fluviais Arpão. Este estudo analisa o impacto dessa unidade na redução do fluxo de entorpecentes para a região Sudeste do Brasil. A pesquisa parte do problema sobre a eficácia das operações da CIPCÃES na desarticulação das rotas primárias de tráfico e levanta a hipótese de que sua atuação integrada com as Bases Arpão potencializa as apreensões, reduzindo significativamente o volume de drogas que chega ao Sudeste. O trabalho, com natureza quali-quantitativa, combinou revisão bibliográfica e análise de dados sobre apreensões realizadas entre 2019 e 2024. Os resultados demonstraram que as operações das Bases Arpão foram responsáveis por uma média de 20,5% das apreensões de entorpecentes no Amazonas, com a CIPCÃES contribuindo entre 41% e 70% desse total, evidenciando a relevância dos cães detectores de substâncias nas estratégias de combate ao tráfico. O estudo conclui que a integração de esforços regionais e o uso de tecnologias especializadas são cruciais para desarticular rotas criminosas, sendo essencial o investimento contínuo em infraestrutura, capacitação e inteligência policial.
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