Estudo etnofarmacolóco de plantas medicinais na cidade do Soyo
Ethnopharmacological study of medicinal plants in the city of Soyo
DOI:
https://doi.org/10.51473/rcmos.v1i1.2025.929Palavras-chave:
Etnofarmacolgia, Plantas medicinais, Cidade do SoyoResumo
O estudo teve como objetivo principal resgatar junto às populações locais as informações relacionadas ao uso de plantas medicinais na Cidade Soyo. A pesquisa foi realizada entre Abril a Agosto de 2024. Para recolha de dados foi utilizado um questionário pré - estruturado e observação directa no campo. No total foram entrevistados 272 informantes, dos quais, 61,76% são mulheres e 38,23% são homens, com idades compreendidas entre 19 a 67 anos, tendo o comércio (47,05%) como principal fonte de renda. No que diz respeito as informações etnofarmacológicas, foram inventariadas 40 espécies de plantas distribuídas em 40 gêneros e 26 famílias botânicas. As famílias destacadas são, Fabaceae (4 espécies), Anacardiaceae e Malvaceae com 3 espécies cada, onde as formas vegetativas predominantes foram herbáceas (36,16%) e arbóreas (32,10%), cujos órgãos vegetais mais usados no preparo de receitas são folhas (49,45%) e frutos (15,13%). As doenças do sistema digestivo (32%) e as dermatológicas (24%) foram as mais frequentes na zona de estudo. Por outra, os informantes da zona de estudo preparam as receitas médicas de diversas formas das quais destacam- se a decocção (39,52%) e trituração (27,15%). Quanto as formas de administração das receitas médicas, com maior predominância a via oral (56,25%) e cristeira (13,97%).
Downloads
Referências
ADMINSTRAÇÃO MUNICIPAL DO SOYO. (2017). Memorando real do Município.
AMUJOYEGBE O. O.; IDU, M.; AGBEDAHUNSI, J. M.; ERHABOR, J. O. (2016) Eth-nomedicinal survey of medicinal plants used in the management of sickle cell disorder in Southern Nigeria. Journal of Ethnopharmacology 5(185): 347-360. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jep.2016.03.042
BÉNÉ, K.; CAMARA, D.;, FOFIE N’GUESSAN BRA, Y.; KANGA YAO, Y. A. B.; YA-PO YOMEH CYNTHIA, A. S. A. ET ZIRIHI, G. N. (2016). Étude ethnobotanique des plan-tes médicinales utilisées dans le Département de Transua, District du Zanzan (Côte d’Ivoire).
BÔAS, G. K. V.; GADELHA, C. A. G. (2007). Oportunidades na indústria de medicamentos e a lógica do desenvolvimento local baseado nos biomas brasileiros: bases para a discussão de uma política nacional. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 6, n. 23, p. 1463-1471, jun. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-311X2007000600021
DOUGNON, T. V.; ATTAKPA, E.; BANKOLÉ, H.; HOUNMANOU, Y. M. G.; DÈHOU, R.; AGBANKPÈ J.; DE SOUZA, M.; FABIYI, K.; GBAGUIDI, F.; BABA-MOUSSA, L. (2016). Etude ethnobotanique des plantes médicinales utilisées contre une maladie cutanée contagieuse : La gale humaine au Sud-Bénin.
DUTRA, RAFAEl C. et al. (2016 Medicinal plants in Brazil: pharmacological studies, drug discovery, challenges and perspectives. Pharmacological Research, [S.L.], v. 112, p. 4-29, Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.phrs.2016.01.021. DOI: https://doi.org/10.1016/j.phrs.2016.01.021
GAUDÊNCIO, JÉSSICA da S. et al. (2020). Indígenas brasileiros e o uso das plantas. Khronos, [S.L.], n. 9, p. 163-182, 11 jul. Universidade de Sao Paulo, Agencia USP de Gestão da Informação Académica (AGUIA). http://dx.doi.org/10.11606/khronos.v0i9.171134. DOI: https://doi.org/10.11606/khronos.v0i9.171134
GÖHRE, A. T. N. Á. B.; FUTURO, M.; NEINHUIS, C.; LAUTENSCHLÄGER, T. (2016). Plants from disturbed savannah vegetation and their usage by Bakongo tribes in Uíge, North-ern Angola. Journal Ethnobiol Ethnomedicine 12: 42. DOI: https://doi.org/10.1186/s13002-016-0116-9
GONÇALVES, F. M. P.; TCHAMBA, J. E.; LAGES, F. M. O. P.; ALEXANDRE JLM (2019) Conhecimento etnobotânico da Província da Huíla (Angola): um contributo baseado nos registos de campo do colector José Maria Daniel. RILP-Revista Internacional em Lingua Portuesa n°35 pp: 83-102. DOI: https://doi.org/10.31492/2184-2043.RILP2018.35/pp.83-102
HEINZE, C.; BARBARA D.; MANIZE, F. C.; INOCÊNCIO, J. J.; CHRISTOPH, N.; AND THEA, L. (2017). “First Ethnobotanical Analysis of Useful Plants in Cuanza Norte, North Angola.”
Instituto Nacional de Estatística (2014). Resultados Preliminares do Recenciamento Geral da População e da Habitação de Agola 2014. Luanda: Instituto Nacional de Estátistica.
JENDRAS, G.; MONIZI, M.; NEINHUIS, C.; LAUTENSCHLÄGER, T. (2020) Plants, food and treatments used by Bakongo tribes in Uíge (northern Angola) to affect the quality and quantity of human breast milk. International Breastfeeding Journal 15: 88. DOI: https://doi.org/10.1186/s13006-020-00329-1
KONE, W. M. K.; KAMANZI ATINDEHOU, C.; TERREAUX, K. H.; TRAORE, D.; AND DOSSO, M. (2004). Traditional medicine in North Côte-d’Ivoire: screening of 50 medicinal plants for antibacterial activity. Côte-d’Ivoire: Journal of ethnopharmacology. DOI: https://doi.org/10.1016/S0378-8741(04)00108-4
LAUTENSCHLÄGER, T.; MAWUNU, M.; MACUTIMA, P.; LAU, M. J.; MAKAYA, F. B. (2018) First large-scale ethnobotanical survey in the province of Uíge, northern Angola. Journal of Ethnobiology and Ethnomedicine 14: 51. DOI: https://doi.org/10.1186/s13002-018-0238-3
LEÃO, R. B. A; FERREIRA, M. R. C; JARDIM, M. A. G. Levantamento de plantas de uso terapêutico no município de Santa Bárbara do Pará, Estado do Pará, Brasil. Revista Brasileira de Farmácia, v .88, n. 1, p. 21 – 25, 2007.
LIMA, W. A. (2014). Levantamento Etnobotânico de Plantas Medicinais Utilizadas pelos Índios Pacaás Novos no Estado Rondônia. Brasil: Universidade de Rondônia.
MACIEL, M. A. M. et al. Plantas medicinais: a necessidade de estudos multidisciplinares. Química Nova, v. 25, n. 3, p. 429-438, 2002. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-40422002000300016
MAHWASANE, S.T.; MIDDLETON, L.; BOADUO, N. (2013) An ethnobotanical survey of indigenous knowledge on medicinal plants used by the traditional healers of the Lwamondo area, Limpopo province, South Africa. South Afr J Bot 88: 69-75. DOI: https://doi.org/10.1016/j.sajb.2013.05.004
MAWUNU, M.; ZASSALA, G.; SENGA, P. M.; PEDRO, N. J. C.; NZAYADIO, M.; BINENE, M. G.; NGBOLUA, K. N.; LUYINDULA, N.; And Lukoki, L. (2022) Biodiversi-ty and Ethnobotany of Medicinal Plants of the Small Songo City, Angola. DOI: https://doi.org/10.23880/jqhe-16000290
NGARIVHUME, T.; VAN, K. C.; SE JONG, J. T. V. M.; VAN DER, W. J. H. (2015) Me-dicinal plants used by traditional healers for the treatment of malaria in the Chipinge district in Zimbabwe. Journal of Ethnopharmacology 159: 224-237. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jep.2014.11.011
NOVOTNA, B.; POLESNY, Z.; PINTO, B. M. F.; VAN DAMME, P.; PUDIL, P. (2020) Medicinal plants used by ‘root doctors’, local traditional healers in Bié province, Angola. Journal of Ethnopharmacology 260: 112662. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jep.2020.112662
PATHY, K. K.; FLAVIEN, N. B.; HONORÉ B. K.; VANHOVE, W.; VAN DAMME, P. (2021) Ethnobotanical characterization of medicinal plants used in Kisantu and Mbanza-Ngungu territories, Kongo-Central Province in DR Congo. J Ethnobiology Ethnomedicine 17: 5. DOI: https://doi.org/10.1186/s13002-020-00428-7
PILLA, M.; AMOROZO, M.; & FURLAN, A. (2006). Obtenção e o uso de plantas medicinais no distrito de Martim Francisco, Município de Mogi Mirim, SP, Brasil. Brasil: Acta Botanica Brasilica, v.20, n.4, p.789-802. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-33062006000400005
RIBEIRO, A.; ROMEIRAS, M. M.; TAVARES, J.; FARIA, M. T (2010). Ethnobotanical survey in Canhane village, district of Massingir, Mozambique: medicinal plants and traditional knowledge. J Ethnobiol Ethnomed 6: 33. DOI: https://doi.org/10.1186/1746-4269-6-33
RICHARD, D. D.; MAME, S. M.; IBOU, D. C. B.; OUMAR, S. A. A. C.; MAME, T. A. ET KANDIOURA, N. (2019). Usages médicinales des plantes par la population riveraine du con-servatoire botanique Michel Adanson de Mbour (Sénégal).
ROCHA, F. A. G. da et al. (2015). O uso terapêutico da flora na história mundial. Holos, [S.L.], v. 1, p. 49-61, 6 mar. Instituto Federal de Educacao, Ciencia e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN). http://dx.doi.org/10.15628/holos.2015.2492. DOI: https://doi.org/10.15628/holos.2015.2492
SILVA, K. O.; ALMEIDA, S. S. (2020). Uso de plantas medicinais em uma associação rural no semiárido baiano. Revista Saúde e Meio Ambiente, Três Lagoas, v. 10, n. 1, p. 95-105, jan. 2020. Semestral.
SOUAD SALHI, MOHAMED FADLI, LAHCEN ZIDANE & ALLAL DOUIRA (2010). Etudes floristique et ethnobotanique des plantes médicinales de la ville de Kénitra (Maroc) DOI: https://doi.org/10.5209/rev_LAZA.2010.v31.9
Tomazzoni, M., & Negrelle, R. C. (2006). Fitoterapia popular: A busca instrumental enquanto prática. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-07072006000100014
Turolla, M., & Nascimento, E. (2006). Informações de alguns fitoterápicos utilizados bo Brasil. Brasil: Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas v.42, n.2. DOI: https://doi.org/10.1590/S1516-93322006000200015
Urso, V.; Signorini M. A.; Tonini, M.; Bruschi, P. (2016) Wild medicinal and food plants used by communities living in Mopane woodlands of southern Angola: Results of an ethnobotani-cal field investigation. Journal of Ethnopharmacology 177: 126-139. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jep.2015.11.041
Vieira, A. C. De M.; Layz S. M. C.; Thacid, K. C. M.; Isis, M. V. De S.; Silviane Dos R. A. (2016). Manual Sobre Uso Racional de Plantas Medicinais - Volume1. Rio de Janeiro.
Downloads
Arquivos adicionais
Publicado
Edição
Seção
Categorias
Licença
Copyright (c) 2025 Zassala Garcia, Madiampodiongo, Lando Emanuel Ludi Pedro , Moniz Mawunu (Autor)

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Este trabalho está licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0). Isso significa que você tem a liberdade de:
- Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer meio ou formato.
- Adaptar — remixar, transformar e construir sobre o material para qualquer propósito, inclusive comercial.
O uso deste material está condicionado à atribuição apropriada ao(s) autor(es) original(is), fornecendo um link para a licença, e indicando se foram feitas alterações. A licença não exige permissão do autor ou da editora, desde que seguidas estas condições.
A logomarca da licença Creative Commons é exibida de maneira permanente no rodapé da revista.
Os direitos autorais do manuscrito podem ser retidos pelos autores sem restrições e solicitados a qualquer momento, mesmo após a publicação na revista.