Regulação da inteligência artificial no Brasil: direitos Fundamentais, responsabilidade e riscos constitucionais
Regulation of artificial intelligence in Brazil: Fundamental rights, responsibility, and constitutional risks
DOI:
https://doi.org/10.51473/rcmos.v1i2.2025.1612Palavras-chave:
Inteligência artificial. Regulação. Direitos fundamentais. Responsabilidade jurídica. Riscos constitucionaisResumo
Este artigo analisa a regulação da inteligência artificial (IA) no Brasil, com foco nos direitos fundamentais, responsabilidade jurídica e riscos constitucionais. A partir do Projeto de Lei nº 2.338/2023 e da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o estudo examina o equilíbrio entre inovação tecnológica e proteção de direitos como privacidade, dignidade, igualdade e não discriminação. Destaca os desafios na atribuição de responsabilidade em sistemas autônomos, especialmente diante da opacidade algorítmica, e a necessidade de transparência. Também aborda riscos como viés, vigilância, manipulação informacional e decisões automatizadas que afetam direitos. Compara o modelo brasileiro ao europeu e propõe diretrizes para aprimorar a legislação. Conclui que a regulação da IA exige abordagem multidisciplinar, participação democrática e compromisso ético com a justiça social e a Constituição.
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