Justice in the dock: the bernardo boldrini case and the challenges of applying criminal Law to filicide
Justice in the dock: the bernardo boldrini case and the challenges of applying criminal Law to filicide
DOI:
https://doi.org/10.51473/rcmos.v1i2.2025.1761Keywords:
Filicide. Criminal Law. Children and Adolescents. Bernardo Boldrini Case. Prevention.Abstract
This paper aims to examine the phenomenon of filicide within the Brazilian legal framework, with a focus on the high-profile case of Bernardo Boldrini, murdered in 2014 by his father and accomplices. The study investigates whether the Brazilian penal system is adequate for the punishment and prevention of such crimes, especially in light of the lack of a specific legal classification for filicide. Using an exploratory methodology based on literature review, the research analyzes the historical, social, and legal aspects of this crime, addressing its current legal treatment and the shortcomings in the protection system that failed to prevent Bernardo’s death. The case is contextualized within national and international legal perspectives, revealing how other countries provide stricter legais frameworks for intrafamily homicides. The results show that the Brazilian response is largely reactive, with limited preventive mechanisms. The study concludes by recommending the creation of a specific criminal offense for filicide and the strengthening of public policies and interinstitutional strategies to ensure the full protection of children and adolescents, in accordance with constitutional principles.
Downloads
References
ALAIDES, Blog do. Caso Bernardo – As falhas na rede de proteção que não salvou Bernardo Boldrini. [S.l.], 2019.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Presidência da República, 2025.
BRASIL. Código Penal. Brasília, DF: Presidência da República, 2025.
BRASIL. Lei n° 13.431, de 4 de abril de 2017. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2017.
BRASIL. Lei n° 13.010, de 31 de maio de 2014. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2014.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília, DF: Presidência da República, 2025.
BRASIL. Lei n° 14.344, de 24 de maio de 2022. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2022.
BRASIL. Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. 81% dos casos de violência contra crianças e adolescentes ocorrem dentro de casa. Brasília, DF, 2021.
CABETTE, Eduardo Luiz Santos. Lei Henry Borel (Lei 14.344/22) – principais aspectos. [s.l.], 2022.
CAMBRIDGE DICTIONARY. Filicide. 2025.
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal: parte geral. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
CARLIM, Rebeca Aquilante. Lei Henry Borel e as medidas protetivas à criança e ao adolescente contra a violência doméstica no Brasil. São Paulo, 2023.
CARREIRA, A. O infanticídio ritual em África. Boletim Cultural da Guiné Portuguesa, n. 101/102, 1971.
COSTA, N. G. Infanticídio privilegiado. Revista da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, 1987.
FERNANDES, Michele Medeiros; BATISTA, Carlos Roberto. A necessidade da tipificação do crime de filicídio no Brasil. RECIFAQUI, v. 1, n. 11, 2021.
FÉLIX, Luciene. Sartre, “o inferno são os outros”: Conhecimento sem fronteiras. Artigos de filosofia, 2007.
FERRI, Enrico. Princípios de Direito Criminal: O criminoso e o crime. Trad. Luiz de Lemos D’Oliveira. 3. ed. Russell: Campinas, 2009.
FLORES JÚNIOR, O. Mitos de geração e sucessão em Hesíodo: Urano, Cronos e Zeus. Classica, n. 0, p. 25-32, 1992. DOI: https://doi.org/10.24277/classica.v0i0.811
FREIBERGER, J. A doença mental no direito penal brasileiro: o filicídio. Jusbrasil, 2023.
FREIRE, A. C.; FIGUEIREDO, B. Filicídio: incidência e factores associados. Análise Psicológica, v. 24, n. 4, p. 437-446, 2006. DOI: https://doi.org/10.14417/ap.185
FREUD, Sigmund. Totem e Tabu. Tradução de Renato Zwick. São Paulo: Martin Claret, 2013.
G1. Madrasta de Bernardo reclama de condições de presídio em carta no RS. Rio Grande do Sul, 2014.
GOLDBERG, Maria Amélia Azevedo; GUERRA, Viviane N. de Azevedo. Infância e violência doméstica: fronteiras do conhecimento. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1997.
LAMBIE, I. Mothers who kill: The crime of infanticide. International Journal of Law and Psychiatry, v. 24, p. 71–80, 2001. DOI: https://doi.org/10.1016/S0160-2527(00)00070-4
MASSON, Cleber. Direito penal: parte geral. 7. ed. São Paulo: Método, 2015.
MATOS, R. O. Infância violada: uma aproximação ao estudo da negligência da rede de proteção à criança. 2021.
MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal. v. 1. São Paulo: Atlas, 2014.
ONU. Convenção sobre os Direitos da Criança. Assembleia Geral das Nações Unidas, 1989.
PEREIRA, Caio Mario. Instituições de Direito Civil – Direito de Família. v. 5. 18. ed., 2017.
RESNICK, P. J. Murder of the newborn: a psychiatric review of neonaticide. American Journal of Psychiatry, v. 126, n. 10, p. 1414-1420, 1970. DOI: https://doi.org/10.1176/ajp.126.10.1414
ROCHA, Cristiano Medina da. Da sombra à luz: a Lei Henry Borel e a transformação na defesa de crianças e adolescentes no Brasil. Jusbrasil, 2024.
SALZEDAS, E. Infanticídio. Antropologia Portuguesa, v. 9/10, p. 93-106, 1992.
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO GRANDE DO SUL. Caso Bernardo. 2025.
VALENÇA, Alexandre Martins; MECLER, Kátia; TELLES, Lisieux E. de Borba. Filicídio e psicose: relato de dois casos. Debates em Psiquiatria, v. 5, n. 1, p. 30–32, 2015. DOI: https://doi.org/10.25118/2236-918X-5-1-6
Downloads
Published
Issue
Section
Categories
License
Copyright (c) 2025 Marta Emily Alves Moitinho, Khayam Ramalho da Silva Sousa (Autor)

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.




